“Eu, naquele momento, não tive coragem de falar com ela. Na verdade, não tinha forças para falar com ninguém. Comecei a consultar as agendas, cartões de visita, redes sociais, sempre revendo quais seriam as pessoas mais relevantes para eu contatar, fui classificando por prioridade, o que seria a minha tábua de salvação, meu ativo mais importante naquele momento – o meu networking.

Como pôde acontecer uma fatalidade dessas comigo? Será que eles não entendem? Eu tinha ajudado a transformar corporações e liderado projetos que proporcionaram a promoção de muitos executivos, de gerentes a presidentes. Como que essas pessoas agora iriam reagir?

Uma sensação de injustiça. Só então percebera como estava chateado com tudo que aconteceu. Logo comigo, que era tão qualificado. Por que não fui realocado para uma outra área? Se não tinha espaço no departamento, com certeza eu estaria qualificado para atuar em outras áreas. Como que alguém pode demitir um executivo que tem no colo uma proposta de dezena de milhões de reais?

Incompreendido e inconformado com a situação, resolvi focar no meu plano de recolocação profissional. Agora era uma questão de honra. Eu ia provar ser bom e que não me abalaria tão facilmente.” – trecho do livro